POR QUE ESTAMOS EM GREVE?


Leia a Carta à sociedade brasileira elaborada pelo CNG que leva ao documento[1]

Nós, docentes da UFAL, aderimos à greve nacional das instituições federais de ensino superior (IFES), que foi deflagrada no dia 28 de maio de 2015, por entendermos que esta é a estratégia de luta que restou à categoria, após inúmeras tentativas do ANDES-SN de abertura efetiva de negociações com o Ministério da Educação (MEC) e com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), todas frustradas, infelizmente. “Veja aqui”o quadro do Andes que apresenta as tentativas de negociação. A negativa do governo frente aos nossos esforços para a abertura de diálogo indica o desrespeito a nós, docentes das IFES, e a desconsideração de nossa pauta de reivindicações, tão legítima quanto à decisão pela greve como alternativa à falta de disponibilidade do governo. 

MAIS DE UM ANO SEM NEGOCIAÇÃO COM O MEC! 
CHEGA DE REUNIÕES QUE NÃO AVANÇAM! 

A pauta de negociações dos docentes das IFES está sintetizada em 7 pontos: 

1. Universidade pública e o trabalho docente 

2. Autonomia, financiamento e vagas docentes 

3. Democratização das instituições e das relações de trabalho 

4. Condições de trabalho, capacitação e seguridade 

5. Carreira única 

6. Política salarial 

7. Proposta salarial 

 “Veja a pauta detalhada aqui” que leva para o material preparado pelo Andes-SN

Essa pauta reúne problemáticas diversas da realidade das IFES: mecanismos de privatização e mercantilização da universidade pública, degradação das condições de trabalho, carência de professores, perdas salariais e de direitos, desestruturação da carreira, expansão sem garantia de qualidade, entre outros. A situação das IFES tende a se tornar ainda mais crítica com o anúncio de corte de 9 bilhões de reais do MEC – a maior redução orçamentária dentre todos os ministérios – e com a divulgação do documento preliminar “Pátria Educadora” que, entre outras orientações, afirma a necessidade de aprofundamento da “lógica da eficiência empresarial” no ensino público. 

OS DOCENTES FEDERAIS VÃO À GREVE PELA SOBREVIVÊNCIA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA E DE QUALIDADE! 

Diante desse quadro, é importante que todos os esforços sejam envidados para o fortalecimento do movimento de greve, na direção da abertura efetiva de diálogo. 

POR NEGOCIAÇÃO EFETIVA JÁ! 

TEMOS MUITOS MOTIVOS PARA LUTARMOS!




[1] https://grevenasfederaisandes.files.wordpress.com/2015/06/carta-c3a0-sociedade-brasileira.pdf
Um dos princípios básicos do Andes-Sindicato Nacional é a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, e esse principio está cada vez mais difícil de sustentar por causa, justamente, do corte orçamentário do governo. O discurso sobre a “Pátria Educadora” já mostrou sua verdadeira face na medida em que reduz, drasticamente, os recursos para a educação, privilegiando investimentos de estímulos ao ensino privado. Chegou, portanto, a hora de reagir.

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